Plantar, colher e ainda melhorar a saúde do solo, promovendo a biodiversidade da área: tudo isso é possível graças ao que chamamos de Agricultura Regenerativa.
Esse modelo de produção propõe regenerar os recursos naturais nas áreas em que há algum tipo de plantação. Em outras palavras, a agricultura regenerativa busca restaurar a saúde do solo, da água e dos ecossistemas, enquanto há produção em um determinado local.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, (FAO), cerca de 33% do solo de todo o mundo está degradado. Neste contexto, a agricultura regenerativa funciona como aliada na restauração de parte desse solo.
Agricultura regenerativa aumenta os lucros
Ajudar a natureza regenerando áreas degradadas já é motivo suficiente para aderir à esse tipo de agricultura, mas devemos considerar também, as vantagens para o produtor, que são inúmeras, já que há uma melhoria significativa na qualidade do solo.
Com um solo melhor é possível aumentar a produtividade no campo, além de adquirir maior resiliência a eventos climáticos extremos, reduzir custos com insumos e até mesmo abrir portas para novos mercados.
Todas essas vantagens fazem com que o produtor gaste menos e ganhe mais! E a conta é simples: se o solo está melhor e mais resistente aos eventos climáticos, por exemplo, não haverá quebra de safra quando houver algum desses eventos, evitando que o produtor tenha prejuízos extremos.
Com o solo bem cuidado, o produtor também reduz custos com insumos e fertilizantes, já que haverão menos pragas e outras doenças e maior manutenção dos nutrientes no solo.
A tecnologia é aliada nesse modelo
Depois de entender as vantagens econômicas desse modelo de agricultura, você, produtor, que deseja implantar ações regenerativas em suas culturas, precisa saber que a tecnologia caminha ao lado de quem decide regenerar o solo degradado.
Em outras palavras: o uso das inovações tecnológicas potencializa ainda mais os ganhos, já que proporciona precisão, agilidade e segurança no campo. Tudo isso através de ferramentas e sistemas tecnológicos, como: imagens de satélite, plataformas de gestão, agricultura de precisão e integração de dados, por exemplo.
As imagens de satélite são necessárias para o acompanhamento das plantações, de forma a detectar possíveis erosões de solo, áreas degradadas, manchas ao longo do tempo que podem ser correlacionadas com a textura do solo (teor de argila) e até acompanhar diferenças de produtividade ou biomassa entre talhões por meio de índices como o NDVI, que hoje já é possível obter gratuitamente em sistemas de sensoriamento por satélites governamentais. Para o futuro as tecnologias de satélites já prometem geração em tempo real de imagens da lavoura e até detecção de teor de nutrientes por meio da reflectância do solo.
Na agricultura de precisão, todas as ações são feitas de forma precisa, como por exemplo, a aplicação correta de insumos biológicos. Quando o produtor usa a tecnologia a seu favor por meio de tratores com pulverizadores inteligentes, por exemplo (que é uma das ferramentas da agricultura de precisão) os insumos são aplicados apenas nas áreas que realmente necessitam, evitando contaminações desnecessárias e exageros.
Todas essas formas de utilizar a tecnologia garantem que seja realizada uma agricultura regenerativa que realmente traz ganhos positivos, proporcionando vantagens ao produtor e, claro, regenerando o solo!
A natureza também agradece!
Além de todas as vantagens para os produtores, a natureza é a que mais se beneficia com esse tipo de agricultura.
Isso porque a agricultura regenerativa não apenas reduz os danos ambientais, mas também regenera os ecossistemas através de práticas como o uso de adubos verdes, a rotação de culturas e o plantio direto, por exemplo.
Os adubos verdes são plantas cultivadas única e exclusivamente para o enriquecimento do solo, e não com o objetivo de colheita. Quando são plantadas, essas espécies servem como uma “cobertura orgânica” no solo, diminuindo riscos de erosão e perda da camada superficial mais fértil.
A rotação de culturas é uma prática muito comum e consiste em alternar diferentes espécies em um mesmo terreno, nas diferentes safras. Assim, nunca é plantado sempre a mesma coisa, proporcionando uma diversidade que ajuda a quebrar o ciclo de pragas e doenças, e reduz o esgotamento do solo.
Já o plantio direto é uma forma de plantar as sementes sem precisar “mexer” na terra, ou seja, sem arar. A palha da plantação anterior também é deixada naquela terra, fazendo uma espécie de “tapete” natural que protege o solo de eventos climáticos. Porém necessita seguir um processo adequado de implantação para garantir a correção, evolução do sistema e evitar a compactação.
Tudo isso proporciona a realização da agricultura regenerativa, que além das vantagens para a natureza, também ajuda o produtor a aumentar seus ganhos e produtividade!
E aí, você já conhecia essa modalidade? Comenta aqui com a gente! Ah, e aproveite para deixar sua sugestão: que tema você quer ver aqui no blog da Kultive?